Uso de 34,6% da capacidade instalada de energia eólica no Brasil em 2016


O Brasil fechou o ano de 2016 com uma capacidade instalada de 10.600 MW de energia eólica, entretanto, apenas 34,6% foi utilizada, segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema) e Abeeolica (Associação Brasileira de Energia Eólica). Houve um aumento de 53,4% na geração de energia dos aerogeradores, de 2.390 MW em 2015 para 3.667 MW em 2016. A região Nordeste, onde existem a maioria das plantas de geração eólica, reduziu sua participação de 74,8% em 2015 para 59,3% 2016.

O pico de geração das eólicas foi de 4.845 MW, que representou 8% da matriz energética, em setembro de 2016. Atualmente, o Brasil possui 424 usinas instaladas, com previsão de mais 310 parques até 2020. Em dezembro de 2016 foi cancelado do segundo leilão de eólicas devido à queda da demanda. Houve um aumento do preço por MWh de 26% entre 2010 e 2015, de R$130,8 MWh para 177,47, ante uma inflação de 38,4% no mesmo período.

O investimento típico por MW de uma usina eólica é de US$1,5 milhão. As usinas se aproveitam do bom vento, acima de 8 km/h, nas regiões litorâneas do Brasil. Algumas usinas utilizam torres de 100 metros para melhorar a eficiência de geração, ao invés das torres de 50 metros.

O Rio Grande do Norte, lidera a geração com 1.589 MW, e o Ceará em segundo com 1.038 MW. Assim como a energia hídrica e fotovoltaica, o desempenho da energia eólica depende do clima.

Em um cenário de mudanças climáticas, baixo crescimento econômico, aumento do protecionismo internacional, teremos espaço para um crescimento acelerado da energia eólica no Brasil?

Confesso que tenho dúvidas.