Em 2016 houve uma redução significativa do consumo de gás natural comparado com 2015 no Brasil. Em alguns meses a redução chegou a mais de 30%. Comparando com o consumo de energia elétrica para as classes comercial e industrial foi menos significativa. Em setembro de 2016, a queda do setor industrial dos últimos 12 meses foi de 0,4%, por exemplo. Por outro lado, houve um aumento do consumo de energia elétrica nas residências. Com esse cenário, o setor de gás natural busca novas regras para o setor.
As empresas do setor pressionam para uma nova regulamentação devido à decisão da Petrobras de vender seus gasodutos. Eles argumentam que não dá para sair de um monopólio estatal e ir para o privado sem uma nova regulamentação. O tema é complexo e deve ser discutido ao longo de 2017.
Isso impacto os projetos de distribuição de gás e investimento em gasodutos, como o caso do projeto da Bahiagás, distribuidora de gás natural do Estado, que deve investir entre R$70 milhões e R$80 milhões na primeira fase do Gasoduto Sudoeste da Bahia. O trecho de 73 km está previsto para ter início em 2017. O trecho irá abastecer a indústria de mineração e centros urbano da região.
O gás natural tem uma emissão de gases do efeito estufa 25% menor que a queima de petróleo para gerar energia. O desafio para o setor, principalmente, nas regiões Nordeste e Norte, com grande potencial para gerar energia fotovoltaica e aquecimento de água por painéis solares, é adotar um modelo de negócio atraente para os consumidores.